O conceito de reserva de emergência
O conceito de reserva de emergência
Você já ouviu falar em reserva de emergência? Nos últimos dois artigos mostrei para vocês como é importante começar a poupar, marcar os gastos e fazer uma classificação deles para entender melhor para onde está indo o seu dinheiro.
Agora vou falar um pouco sobre um conceito bastante importante que você precisa entender para começar a organizar as suas finanças: a reserva de emergência. Até a chegada da pandemia esse era um conceito pouco difundido no Brasil.
Quase ninguém dava muito valor para reserva de emergência até então. Mas agora essa realidade está mudando. Afinal, quem perdeu renda e se viu de uma hora para outra sem nada, não quer mais passar por isso.
O que é a reserva de emergência?
A reserva de emergência nada mais é que um valor que você precisa ter guardado em uma aplicação de resgate automático. Ou seja, é aquele dinheiro que se você precisar agora dele, você pode sacá-lo, entendeu?
Então já dá pra perceber que esse dinheiro não pode ser colocado em um ativo de risco, nem tampouco em uma aplicação com resgate de longo prazo. E aí vem a parte boa: hoje diversas fintechs já oferecem aplicações com rentabilidade diária para seus clientes.
Ou seja, você ganha juros diariamente sobre o valor aplicado. Aí se furou um pneu do seu carro, a sua geladeira pifou, ou você teve que fazer uma consulta no médico, é só sacar o dinheiro no banco e pronto. Você não perde nada.
Qual deve ser o valor da reserva de emergência?
O valor da sua reserva de emergência deve ser igual a seis meses do seu gasto mensal. Por exemplo, vamos considerar que você tenha um gasto de aproximadamente R$ 2 mil por mês, contando tudo.
A sua reserva de emergência deverá ser 6 x R$ 2 mil = R$ 18 mil. Claro que você não vai conseguir construir essa reserva de uma hora para outra. Normalmente, se você guardar 10% dos seus ganhos, irá demorar cerca de 5 anos para isso.
No entanto, não temos como pensar em investimentos de aposentadoria, aplicações em Bolsa de Valores, sem ao menos ter uma reserva de emergência. Imagine que você comprou ações da Petrobrás, por exemplo.
A expectativa é ganhar no longo prazo, mas vamos imaginar que no mês que vem as ações estão desvalorizadas e você está perdendo com elas e precisa sacar o dinheiro. E aí? Viu como essa é uma situação complicada?
Ao usar a reserva de emergência recomece a construí-la
A reserva de emergência vai precisar estar sempre no patamar de 6 meses o valor dos seus custos. Por isso, se você precisou usar uma parte dela terá que reconstruí-la. Não tem segredo, e tenha isso sempre em mente.
Portanto, lá no primeiro artigo eu mostrei a importância de você começar a ver para onde está indo o seu dinheiro, no artigo passado mostrei a importância de você começar a marcar todos os seus gastos.
E agora é o momento de começar a poupar 10% dos seus ganhos e aplicar em um CDB de resgate automático. Então vamos para a tarefinha: sempre que você receber o seu salário, pegue 10% dele e guarde em uma reserva de emergência.
Por exemplo, se você ganha R$ 2 mil, já pegue R$ 200 e coloque na sua reserva de emergência. É assim que você vai começar a construir o seu futuro. Amanhã vou falar um pouco sobre organização de dívidas. Te vejo por aqui. Um grande abraço Jean Malaquias.